sexta-feira, 4 de novembro de 2011

OS MOTIVOS QUE LEVAM AS ORGANIZAÇÕES AO PECADO DA VISÃO DE CURTO PRAZO (Estratégia 2)


O investidor faz pressão por resultados
a curto prazo...
Há uma série de motivos que levam as empresas a focar predominantemente o curto prazo:
Um dos mais prementes atualmente é a pressão dos investidores e acionistas por resultados de curto prazo. Há no mercado em geral uma disposição a obter resultados em curtíssimo prazo se comparados com os prazos aceitos como adequados a quinze ou vinte anos atrás.

Há também o motivo relacionado à velocidade da informação. Os meios de comunicação se tornaram abundantes, disponíveis e muito mais acessíveis que há vinte anos e isto parece promover a disseminação das informações e dos controles que podem ser efetuados sobre as operações. Através deste avanço tecnológico tanto o conhecimento sobre uma multiplicidade de investimentos diferentes, quanto a facilidade de transferência entre os mesmos tornou o comprometimento e a fidelidade a um tipo de investimento ou empresa algo difícil de ser defendido.

O Gestor "Mediano"acaba usando mais tática
que estratégia...
A mistura destas e de outras variáveis parece ter conduzido o mundo a um estágio de ansiedade em relação a resultados em curto prazo. Esta pressão leva o gestor "mediano" a tomar medidas muito mais táticas que estratégicas. Isto quando não leva alguns a fraudar resultados ou distorcer métodos contábeis consagrados com a finalidade de "gerar" resultados.

Creio que a tendência em longo prazo é a de que tanto os gestores quanto os acionistas desistam deste posicionamento mediante o risco que representa na maior parte dos casos. Entretanto a modificação na percepção de homens que estão lucrando não é para agora, depende fundamentalmente de alterações significativas seja no lucro obtido seja nos riscos incorridos.

Falta de preparo para formular estratégias é outro dos componentes que leva a este "pecado" e nestes artigos temos a pretensão de ajudar a sanar uma pequena parte deste problema.

Empresas em fase de criação, em planejamento, pré-operacionais ou recém criadas não podem ter cometido tantos "pecados" assim, portanto a abordagem principal deste texto é sobre empresas já existentes e em operação.

Abrir um negócio sem planejamento adequado
é pedir para arcar com prejuízos e danos....
Ao mesmo tempo também considero um "pecado" a abertura de um novo empreendimento sem o devido planejamento estratégico e ainda hoje são poucas as empresas que começam a atuar lastreadas por um. Por isto não vou simplesmente pular esta parte, mas passarei rapidamente pela parte do planejamento inicial e darei mais ênfase à questão de gestores que assumem ou estão em empresas já operacionais sem esta ferramenta.

A maior parte dos negócios tem início com uma atividade que foi herdada, adquirida ou montada dentro das condições financeiras que o empreendedor poderia arcar, seguindo um conhecimento existente ou um desejo fundamentado em pesquisa ou não do empreendedor.

Neste estágio inicial, acreditam os empreendedores, não sem certa razão, que valem muito mais as competências operacionais dos fluxos básicos que toda uma estrutura de dados e conceitos estratégicos muitas vezes complexos e de difícil digestão. O empreendedor, de acordo com seu conceito, tem que saber comprar, vender e se posicionar dentro do mercado, cuidando também de gerir financeiramente a nova operação.

Entretanto a cada dia se torna mais claro que mesmo a pequena operação precisa de um posicionamento estratégico mínimo para aumentar suas chances de sobrevida ao primeiro ano do negócio.

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